Diário, Dinamarca

Pequeno-almoço na Suécia, almoço na Dinamarca e jantar na Alemanha

13 Agosto, 2013

Frio, nuvens cinzentas e chuva miudinha. Foi assim que o dia amanheceu em Gotemburgo. E foi assim também que rapidamente mudámos de planos: a intencional exploração demorada a pé à cidade deu imediatamente lugar a uma visita rápida de carro!

pequeno-almoço suécia

Eu tinha sido informada que nesta região do país o vento e as temperaturas baixas são frequentes, mas a chuva nesta altura do ano foi realmente uma surpresa.

Podíamos ter esperado que as condições melhorassem mas a incerteza de quando isso ía acontecer e a ansiedade de chegar a Londres, fez-nos optar pela tal visita rápida de carro ao centro da cidade para depois dar início à nossa “descida geográfica” e a engraçada constatação que num só dia iríamos ter:

Pequeno-almoço na Suécia, almoço na Dinamarca e jantar na Alemanha! 🙂

A ideia com que fiquei, pelo menos debaixo daquele céu invernoso, é que Gotemburgo é uma cidade completamente diferente de Estocolmo. Não tem aquele charme que esperava encontrar, aquele encanto de cidade escandinava ao qual a capital me habituou.

pequeno-almoço na suécia

Mas claro, e repito, esta opinião tem muitas salvaguardas. Esta foi apenas a primeira impressão com que fiquei mas também sei que nem sempre as primeiras impressões são fiáveis e por vezes acabo por ser surpreendida.

Neste caso, não houve tempo sequer para isso acontecer. E fixei apenas as imagens dos edifícios modernos, das muitas estradas, pontes e túneis a atravessar o centro da cidade.

Passámos ainda pelo maior parque de diversões da Escandinávia, inserido numa enorme floresta – o Liseberg. Fiquei surpreendida com a centralidade, pois está mesmo encostado à estrada, numa zona do centro, Korsvagen. Não é a localização a que nos habituámos a encontrar este tipo de parques.

Passámos devagarinho com o carro pela porta de entrada, a alegria da música que saía do parque e os sorrisos dos funcionários à porta quase que foram suficientes para nos convencer a entrar.

Mas um parque de diversões, feito essencialmente de montanhas russas, “não tem piada com chuva, pois não mãe?” opinaram os miúdos. E eu “fui forçada” a concordar, mas com um confesso pequeno desgosto por não participar na comemoração dos 90 anos de existência deste espaço que se orgulha de ter divertimentos para todas as alturas: a partir dos 0 cm, passando pelos 90 cm, 110 cm, 130 cm, até aos mais de 140 cm (é assim que se mede a permissão para entrar nos divertimentos) e claro, dos pouco aos muito adeptos de emoções fortes!

pequeno-almoço na suécia

pequeno-almoço na suécia

Mesmo ao lado do Liseberg está o Universeum um centro de ciências para toda a família. Mas também aqui os miúdos deixaram bem clara a sua opinião: “não vamos perceber nada, mãe, está tudo em sueco!”. Mais uma vez fiquei em minoria e mais uma vez, desiludida por não desfrutar deste espaço, que se intitula como o maior centro de ciências da Escandinávia (para estar ao nível da atracção vizinha!).

Ainda tentei argumentar com os prometidos 9.000 m2 de aventuras, divididos por sete andares, com aquários, tubarões, uma floresta tropical, uma estação espacial e imensas outras experiências. Mas não consegui mudar a opinião deles.

Isto devia ser essencialmente um momento para nos divertirmos e se assim não fosse, não faria qualquer sentido. Há alturas da viagem em que tenho de ser eu a ter a última palavra, mas este não era o caso, e por isso segui caminho.

pequeno-almoço na suécia

Confesso que até estranhei a reacção deles pois não era a primeira vez que estariam perante um ambiente em que não entendiam a língua utilizada, e normalmente até são bastante interessados e curiosos, mas acabei por entender a possível ansiedade e desconforto de um grande espaço todo em sueco.

E depois desta tentativa, desisti de apresentar outros espaços em Gotemburgo e apesar de alguma hesitação em relação à rota a utilizar – de Gotemburgo partem muitos ferries para a Dinamarca – acabámos por decidir fazer a viagem toda de carro e iniciámos assim a nossa descida rumo ao Sul da Suécia, sempre com o tempo nublado como companhia (e o pequeno-almoço na Suécia já tomado).

Passámos a ponte que desde o ano 2000 liga a Suécia (Malmo) à Dinamarca (Copenhaga), pelo estreito de Oresund – na verdade, o percurso inicia-se em ponte mas depois passa a túnel – no sentido contrário, a ordem é a inversa, pois claro!

E só a placa azul, com as estrelinhas amarelas e com o nome do país escrito, ainda durante a travessia, nos alertou para o facto de já estarmos em território dinamarquês.

“Já estamos noutro país, mãe?”, admiraram-se os miúdos com a facilidade e rapidez com que se muda assim de língua, cultura, paisagem e moeda!! Apesar de ser neste último item que se nota a maior diferença, pois a identidade cultural e paisagística é muito semelhante entre estes dois países.

E depois de um almoço rápido, já na Dinamarca, haveríamos de atravessar outra ponte que liga as ilhas Zelândia e Funen. E depois ainda outra, que liga a ilha Funen à Península Jutlândia, que nos levaria à entrada na Alemanha onde jantámos.

pequeno-almoço na suécia

pequeno-almoço na suécia

pequeno-almoço na suécia

Como em anos anteriores já tínhamos visitado a Dinamarca, a Alemanha e a Bélgica decidimos fazer a viagem até França sem paragens – turísticas, entenda-se, pois houve várias visitas a áreas de serviço para rêpor energias!

E assim, até Calais foi sempre muito fácil e rápido mudar de país. E ainda mais fácil quando a moeda mudou para euros a partir da Alemanha.

Pode até parecer estranho, mas houve situações, em que me lembro de estar a pagar algo e a falar com alguém numa área de serviço e perguntar para mim própria “em que país estou?”.

Foi também curioso reparar como a paisagem começou a mudar para se aproximar cada vez mais da “nossa” e deixar todo “aquele verde” que se encontra no Norte da Europa.

A partir daqui, apenas a passagem para o Reino Unido com a passagem do Canal da Mancha de ferry, deverá constituir um momento mais marcante, no qual depositamos alguma expectativa. Mas isso fica para o próximo post.

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1 Comentário

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    Responder Maria Clara Costa 17 Agosto, 2013 at 23:18

    Obrigada! Continuação de boa viagem

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